Obra do escultor José Rodrigues na Quinta do Gestal

24-02-2016 15:36

 

 

 

Escultor e desenhador português, José Rodrigues, nascido a 21 de outubro de 1936, em Luanda, Angola, destacou-se enquanto artista e também por ter sido fundador da Cooperativa Árvore e da Bienal de Cerveira.

Já a residir em Portugal, formou-se em escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto na década de 60, tornando-se depois professor nesse estabelecimento de ensino até 1998.

José Rodrigues expõe individualmente desde 1964 e, a partir de 1973, começou a participar em exposições coletivas, havendo obras suas em museus e instituições nacionais e internacionais. José Rodrigues expôs, nomeadamente, em bienais de arte importantes como as de Veneza (Itália) e São Paulo (Brasil).

No início da sua carreira, fazia um trabalho multidisciplinar, aliando à escultura áreas como a gravura, a medalhística, a cerâmica, a ilustração e a cenografia.

Fez diversos trabalhos como cenógrafo em Portugal e Espanha e ilustrou livros de poetas e escritores.

José Rodrigues foi um dos fundadores, em 1963, no Porto, da Árvore Cooperativa Cultural, onde foi criado o curso superior de Arquitetura, e da Escola de Artes Profissionais Árvore.

Em 1976, foi inaugurado o Cubo da Ribeira, no Porto, uma escultura que se viria a tornar um símbolo da cidade e que originou grande polémica pela sua estética - trata-se de um cubo de pedra apoiado sobre um dos seus vértices, colocado naquela que ficou conhecida por praça do cubo. Outra obra polémica de José Rodrigues é o Monumento ao Escultor, situado no Porto na junção da Avenida da Boavista com a Avenida Marechal Gomes da Costa. Esta escultura foi inaugurada em 1993.

O escultor foi também um dos fundadores da Bienal de Cerveira, uma mostra de arte contemporânea que decorre em Vila Nova de Cerveira, onde de início expunha o seu trabalho. Ainda em Cerveira foi um dos responsáveis máximos pela instalação da Escola de Artes e Ofícios e da Escola Superior de Arquitetura.

Já em 2007, lançou as bases para a criação no Porto de uma fundação onde pretende expor a sua obra e incentivar a criatividade de jovens artistas.

Ao longo da sua carreira, José Rodrigues foi distinguido com diversos prémios, tais como o Prémio da Imprensa para Melhor Espaço Cénico em Lisboa (1972), Prémio Escultura da Bienal de Cerveira (1980), o Prémio Soctip Artista do Ano (1990) e o prémio Tendências de Arte Contemporânea em Portugal da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, em 1994. Ainda neste último ano, José Rodrigues recebeu o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.